ANIMAIS
FANTÁSTICOS
Quais animais fantásticos saíram das lendas?
Mesmo sendo imaginárias, muitas das criaturas de Animais Fantásticos são tão
conhecidas em nosso mundo quanto no de Harry. Veja algumas das histórias que alimentaram
a imaginação de J.K.Rowling:
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ANIMAIS FANTÁSTICOS
Quais animais fantásticos saíram das lendas?
Mesmo sendo imaginárias, muitas das criaturas de Animais Fantásticos são tão conhecidas em nosso mundo quanto no de Harry. Veja algumas das histórias que alimentaram a imaginação de J.K.Rowling:
Barretes Vermelhos: De acordo com Animais Fantásticos, os barretes vermelhos “vivem
em covas localizadas em antigos campos de batalha ou em lugares onde o sangue
humano tenha sido derramado... [e] tentam matar a pauladas os trouxas que
passam por ali em noites escuras”. Essa criatura existe há muito tempo nas
lendas da Inglaterra e Escócia, países vizinhos e muitas vezes envolvidos em
guerras violentas. Também é conhecido como capuz sangrento ou crista vermelha.
Dizem que seu chapéu é vermelho de tanto ser usado para recolher o sangue de
suas vítimas.
Ramora: Seguindo
uma lenda milenar, Rowling diz que esse peixe – que existe mesmo e é conhecido como rêmora – é
capaz de deter um navio. Seu nome deriva da palavra latina usada para designar “atraso”. Graças a uma ventosa localizada em sua cabeça, as
rêmoras se prendem a navios e tubarões para se alimentarem das sobras. Sua
força já havia sido bastante exagerada desde o século 1 a .C quando
Plínio, o Velho, escreveu: “Furacões
podem ser arrasadores e tempestades podem devastar, mas este peixe consegue
regular a fúria deles, controlar seu vigor e intensidade e obrigar navios a
parar, de um modo que nem cabos nem âncoras conseguem fazer. Que criatura
inútil é o homem, que pode ser imobilizado e detido por um peixe de apenas seis
polegadas!”. Plínio sustentava a tese de que o navio de Marco Antônio havia
sido bloqueado por rêmoras durante a Batalha de Actium, fazendo com que
perdesse a batalha e mudando o curso da história romana.
Hipocampo: O
nome desse cavalo-marinho mistura a palavra grega hippos (cavalo) e a
latina campus (terreno, chão). Também é chamado de Hydrippus – a palavra
grega para água é hydro. A carruagem de Posseidon, o deus grego dos
mares, é puxada por hipocampos.
Um livro chamado Physiologus, escrito por volta do século II, conta que algumas
lendas consideravam o hipocampo como “o rei de todos os peixes”. Mas na época
em que esse livro foi escrito, o judaísmo e o cristianismo estavam atropelando
os velhos mitos, e a lenda sofreu uma leve mudança para incorporar a ideia de
um peixe dourado que vivia no Leste. Nessa versão, o hipocampo é um guia, tal
como Moisés: “Quando os peixes se
agruparam em cardumes, saíram em busca do Hydrippus. Quando o encontraram, ele
se dirigiu para o Leste e todos o seguiram, os peixes do Norte e os peixes do
Sul. Estavam todos próximos ao peixe dourado, o Hydrippus à sua frente. E
quando o Hydrippus e todos os peixes chegaram, aclamaram o peixe dourado como
seu rei”.
O autor de Animais Fantásticos, Newton (“Newt”) Artemis Fido Scamander, traz vários trocadilhos embutidos em seu nome. Newts são pequenas salamandras, os lagartos mágicos que vivem
no fogo (veja adiante). Artemis era a deusa grega da caça, um nome apropriado para um estudioso que pesquisa criaturas mágicas. Fido, do latim fidus (fiel), é um nome comum para cachorros. O som
de Scamander lembra o de salamandra, embora seja, na verdade, o nome de um rio
mencionado por Homero em sua Ilíada.
Salamandra: Rowling
diz que são
lagartos habitantes do fogo. Eles vivem “apenas enquanto o fogo do qual
surgiram está vivo”. Essa lenda remonta a milhares de anos. O filósofo grego
Aristóteles escreveu, no século IV a.C, que “o fato de alguns animais serem
resistentes ao fogo é evidenciado pela existência da salamandra, que extingue o
fogo rastejando sobre as chamas”. Acreditava-se que a salamandra conseguisse
essa proeza por ter o corpo extraordinariamente frio. Quase mil anos mais
tarde, Santo Isidoro, bispo de Sevilha, também achava que a salamandra “vive no
meio das chamas sem se machucar e nem ser consumida”. E acrescentava: “Entre todos os venenos, o seu é o mais poderoso. Outros animais peçonhentos
são mortais, mas este é capaz de matar várias pessoas de uma só vez. Para isso,
a salamandra atravessa uma árvore e infecta suas frutas, envenenando todos os
que as comerem”.
Salamandra em chamas, de um
brasão de família.
Hoje em dia, muitos restaurantes
possuem fornos conhecidos como salamandras, assim chamados por causa de seus mecanismos
de aquecimento, cujo formato lembra uma serpente ou a cauda de um lagarto, e são
quentíssimos.
Erkling: O
nome foi inventado por Rowling. É uma pequena inversão das letras do Ed King ou
Erl Kõnig (elfo-rei) das lendas germânicas. Mas a descrição que ela faz da
criatura corresponde à lenda. Trata-se de uma criatura diabólica que habita a
Floresta Negra alemã e sequestra crianças. No poema de Goethe, Erl King chama
uma criança que viaja pela floresta acompanhada pelo pai:
“Oh, venha comigo criança querida!
Oh, venha comigo!
Vamos brincar tanto, não há
perigo”.
O menino tenta alertar o pai, que não pode escutar o Erl King, e a história acaba
mal. Assim como a lenda dos grindylows na Inglaterra e dos kappas no
Japão, a história do Erl King foi concebida pelos pais para evitar que seus
filhos se perdessem nas florestas.
Quimera: A
descrição da quimera
feita por Rowling em
Animais Fantásticos pode ser esquisita, mas
corresponde exatamente à antiga lenda grega. Segundo essa lenda, a quimera é um
monstro com três cabeças – uma de dragão, uma de leão e a última de bode. É
aparentada à esfinge e ao Cérbero, o cão de três cabeças que guardava as portas
do Inferno.
Rowling menciona casualmente que “só há um caso conhecido em
que uma quimera foi morta, e o pobre mago que conseguiu este feito morreu em
seguida ao cair de seu cavalo alado”. Ela faz uma brincadeira com a lenda original,
segundo a qual o monstro foi vencido pelo herói Belerofonte, que montava o
cavalo alado Pégaso. Belerofonte ganhou a batalha, mas, em outra aventura,
atreveu-se a tentar penetrar no Olimpo, morada dos deuses, no mesmo cavalo
alado. Como punição pela audácia, Zeus jogou-o para fora do cavalo e aleijou-o
para sempre.
O termo “quimera” acabou sendo usado para designar alguma coisa
(normalmente uma criatura viva) criada por humanos a partir da combinação artificial de elementos
naturais.
Kelpie (gênio da água): Conforme é contado em Animais Fantásticos , o kelpie, um
demônio aquático das lendas celtas, geralmente tem a forma de um cavalo com a crina de junco verde. Ele atrai as pessoas para
montarem em seu lombo e então as carrega para as profundezas da água. Como Rowling conta,
quem consegue botar rédeas no kelpie o subjuga. Por causa de sua força
extraordinária, ele pode fazer o trabalho de muitos cavalos.
Selkies e Merrows: No verbete sobre Sereianos, de Animais Fantásticos, Rowling menciona os selkies
e os merrows. São tipos especiais de Sereianos conhecidos na Inglaterra.
Os selkies são homens-focas das ilhas do norte do país. Eles podem
adquirir belíssimas formas humanas quando estão em terra firme, mas devem
reassumir a forma de focas ao entrar na água. Matar um selkie provoca
uma violenta tempestade.
Já os merrows
são da Irlanda. As mulheres são muito bonitas, mas os homens são
horrorosos. Dizem que eles possuem chapéus mágicos e, se um humano conseguir
roubar este chapéu, o merrow não poderá voltar para o mar.
GUIA DAS ABREVIAÇÕES DOS TÍTULOS DOS LIVROS
Harry Potter e a Pedra Filosofal. A Pedra
Harry Potter e a Câmara Secreta: A Câmara
Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban: Azkaban
Harry Potter e o Cálice de Fogo: O Cálice
Animais Fantásticos e Onde Habitam: Animais Fantásticos
Quadribol Através dos Séculos: Quadribol
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