DUENDES
Por que os duendes são bons banqueiros?
Não sendo
tão amistosos quanto os elfos, nem mais espertos do que os gnomos, os duendes
do mundo de Harry se rebelaram contra os bruxos diversas vezes, no passado. A
paz entre os dois lados é um tanto tensa, e de fato os bruxos ainda não aceitam
de todo os duendes.
O bom, o
mau e o feio
Em inglês, a palavra gobelin, que significa duende, vem do grego kobalos,
que significa errante. A mesma
palavra produziu o alemão kobold ou kobolt e o francês gobelin.
Eles geralmente não assombram sequer uma única família ou casa, mas são
dados a vagar pelo mundo.
Há vezes
em que os duendes são retratados mais como criaturas trabalhadoras do que
malvadas, muito afeitos à mineração e a trabalhos com metais, por exemplo. Seus
primos, os hobcfoblins, também são mais inclinados a praticar
travessuras do que maldades. Puck, “aquele alegre errante noturno” da peça de
Shakespeare Sonho de uma Noite de Verão, é o melhor exemplo deles.
Alguns são conhecidos por praticarem o bem. Muito antes de ter escrito Uma
História de Natal, Charles Dickens escreveu A História dos
Duendes que Roubaram um Sacristão, uma história de Natal na qual duendes
mostram a um homem chamado Gabriel Grub — “um
homem de maus ímpetos, antipático, ríspido; sujeito rabugento e solitário, que
não se entendia com ninguém a não ser consigo mesmo” — o erro de manter seu
modo de ser:
Sentado sobre uma lápide vertical, junto a ele, estava uma estranha figura. Gabriel
imediatamente soube que ela não pertenceria a este mundo. Suas pernas longas e
fantásticas, que alcançariam o solo, estavam dobradas para cima e cruzadas de
um modo exótico e extraordinário. Seus braços com tendões saltados estavam nus
e as mãos repousavam sobre os joelhos. Seu corpo era pequeno e roliço, e ele
vestia um casaco apertado fechado, ornamentado com pequenos cortes; um manto
pendia de suas costas, o colarinho terminava em curiosas pontas, que ali
estavam no lugar de uma gola ou xale, e seus sapatos eram curvados para cima,
na altura dos polegares dos pés, fazendo longas pontas. Sobre a cabeça, ele
vestia um chapéu alto com aba larga e em formato de um bolo.
O chapéu estava recoberto de neve e o duende parecia que estava sentado
ali, naquela lápide, muito confortavelmente, haveria duzentos ou trezentos
anos. Perfeitamente imóvel, com a língua para fora, como se estivesse
debochando de alguém, ele sorria para Gabriel Grub com um daqueles sorrisos dos
quais só um duende é capaz.
— Receio que meus amigos estejam querendo você, Gabriel! — disse o
duende, impelindo a língua ainda mais para fora da boca... E era mesmo uma
língua espantosa — Receio que meus amigos estejam querendo você, Gabriel —
repetiu o duende.
Como os fantasmas de Um Conto de Natal, que precisaram
ensinar a Scrooge o significado do Natal, os duendes mostraram a Gabriel que o
mundo não era
tão ruim quanto parecia.
Para afastar duendes, havia pessoas que
costumavam espalhar sementes de linhaça pelo chão da cozinha. Por alguma razão, os
duendes sentiam-se compelidos a catar as sementes – uma tarefa extremamente
tediosa. O duende rapidamente desistiria e iria procurar diversão em outro lugar.
No entanto, os duendes são retratados com mais frequência como aparecem
no poema de Christina Rossetti, Mercado dos Duendes:
Não devemos olhar para os duendes,
Não
devemos comprar suas frutas:
Quem sabe
em que solo cresceram
Suas
raízes sedentas e famintas!...
Suas
ofertas não devem nos tentar,
Seus
presentes maléficos só nos fariam mal.
Nas crônicas da Terra-Média de J. R. R. Tolkien, os duendes são chamados
de Orcs. Robert Foster, um estudioso de Tolkien, chamou-os de “uma raça cruel”.
Segundo ele, “cresceram sob o desprezo dos elfos e, como os elfos, eram ferozes
guerreiros e não morriam de causas naturais. No entanto, em tudo o mais eram bastante diferentes... eles odiavam tudo que
fosse belo, e amavam matar e destruir”.
Os duendes de J. K. Rowling parecem ser um meio-termo entre o Bem
e o Mal. Esse equilíbrio fez deles perfeitos guardiões para o Banco de Gringotes, uma
tarefa que exigiria que fossem tanto confiáveis quanto impiedosos.
GUIA DAS ABREVIAÇÕES DOS
TÍTULOS DOS LIVROS
Harry
Potter e a Pedra Filosofal. A Pedra
Harry
Potter e a Câmara Secreta: A Câmara
Harry
Potter e o Prisioneiro de Azkaban: Azkaban
Harry
Potter e o Cálice de Fogo: O Cálice
Animais
Fantásticos e
Onde Habitam: Animais Fantásticos
Quadribol
Através dos
Séculos: Quadribol
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