domingo, 15 de julho de 2012

O Mundo Mágico de Harry Potter - David Colbert - PARTE 18





DUENDES

Por que os duendes são bons banqueiros?
Não sendo tão amistosos quanto os elfos, nem mais espertos do que os gnomos, os duendes do mundo de Harry se rebelaram contra os bruxos diversas vezes, no passado. A paz entre os dois lados é um tanto tensa, e de fato os bruxos ainda não aceitam de todo os duendes.



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O bom, o mau e o feio
Em inglês, a palavra gobelin, que significa duende, vem do grego kobalos, que significa errante. A mesma palavra produziu o alemão kobold ou kobolt e o francês gobelin. Eles geralmente não assombram sequer uma única família ou casa, mas são dados a vagar pelo mundo.
Há vezes em que os duendes são retratados mais como criaturas trabalhadoras do que malvadas, muito afeitos à mineração e a trabalhos com metais, por exemplo. Seus primos, os hobcfoblins, também são mais inclinados a praticar travessuras do que maldades. Puck, “aquele alegre errante noturno” da peça de Shakespeare Sonho de uma Noite de Verão, é o melhor exemplo deles.
Alguns são conhecidos por praticarem o bem. Muito antes de ter escrito Uma História de Natal, Charles Dickens escreveu A História dos Duendes que Roubaram um Sacristão, uma história de Natal na qual duendes mostram a um homem chamado Gabriel Grub — “um homem de maus ímpetos, antipático, ríspido; sujeito rabugento e solitário, que não se entendia com ninguém a não ser consigo mesmo” — o erro de manter seu modo de ser:

Sentado sobre uma lápide vertical, junto a ele, estava uma estranha figura. Gabriel imediatamente soube que ela não pertenceria a este mundo. Suas pernas longas e fantásticas, que alcançariam o solo, estavam dobradas para cima e cruzadas de um modo exótico e extraordinário. Seus braços com tendões saltados estavam nus e as mãos repousavam sobre os joelhos. Seu corpo era pequeno e roliço, e ele vestia um casaco apertado fechado, ornamentado com pequenos cortes; um manto pendia de suas costas, o colarinho terminava em curiosas pontas, que ali estavam no lugar de uma gola ou xale, e seus sapatos eram curvados para cima, na altura dos polegares dos pés, fazendo longas pontas. Sobre a cabeça, ele vestia um chapéu alto com aba larga e em formato de um bolo.
O chapéu estava recoberto de neve e o duende parecia que estava sentado ali, naquela lápide, muito confortavelmente, haveria duzentos ou trezentos anos. Perfeitamente imóvel, com a língua para fora, como se estivesse debochando de alguém, ele sorria para Gabriel Grub com um daqueles sorrisos dos quais só um duende é capaz.
— Receio que meus amigos estejam querendo você, Gabriel! — disse o duende, impelindo a língua ainda mais para fora da boca... E era mesmo uma língua espantosa — Receio que meus amigos estejam querendo você, Gabriel — repetiu o duende.

Como os fantasmas de Um Conto de Natal, que precisaram ensinar a Scrooge o significado do Natal, os duendes mostraram a Gabriel que o mundo não era tão ruim quanto parecia.

Para afastar duendes, havia pessoas que costumavam espalhar sementes de linhaça pelo chão da cozinha. Por alguma razão, os duendes sentiam-se compelidos a catar as sementes – uma tarefa extremamente tediosa. O duende rapidamente desistiria e iria procurar diversão em outro lugar.

No entanto, os duendes são retratados com mais frequência como aparecem no poema de Christina Rossetti, Mercado dos Duendes:

Não devemos olhar para os duendes,
Não devemos comprar suas frutas:
Quem sabe em que solo cresceram
Suas raízes sedentas e famintas!...
Suas ofertas não devem nos tentar,
Seus presentes maléficos só nos fariam mal.

Nas crônicas da Terra-Média de J. R. R. Tolkien, os duendes são chamados de Orcs. Robert Foster, um estudioso de Tolkien, chamou-os de “uma raça cruel”. Segundo ele, “cresceram sob o desprezo dos elfos e, como os elfos, eram ferozes guerreiros e não morriam de causas naturais. No entanto, em tudo o mais eram bastante diferentes... eles odiavam tudo que fosse belo, e amavam matar e destruir”.
Os duendes de J. K. Rowling parecem ser um meio-termo entre o Bem e o Mal. Esse equilíbrio fez deles perfeitos guardiões para o Banco de Gringotes, uma tarefa que exigiria que fossem tanto confiáveis quanto impiedosos.








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