UNICÓRNIOS
Como pegar um unicórnio?
Poucas criaturas mágicas estimularam tanto a imaginação dos seres humanos, e de
forma tão profunda, quanto o elegante unicórnio. Mesmo no mundo mágico de Harry,
com tantos seres fantásticos, o unicórnio é um símbolo sagrado. Em O Cálice , J. K.
Rowling descreve filhotes de unicórnio que são de “puro ouro” com “sangue
prateado”. O pelo deles também se torna prata quando têm por volta de dois
anos, e eles “ficam imaculadamente brancos” na idade madura.
Antigos
unicórnios
Os unicórnios aparecem na arte e na mitologia da antiga Mesopotâmia,
China e Índia. O naturalista romano Plínio, baseado em relatos orais, chamou-os
de “uma besta extremamente feroz, similar
no corpo a um cavalo, com cabeça de cervo, cascos de elefante, cauda de javali,
voz profunda e um chifre negro, de dois cúbitos (cerca de um metro) de
comprimento, que se projeta do centro da testa”.
Um viajante do início do século XVI conta ter visto dois unicórnios em Meca:
O mais velho parece um
potro de trinta meses de idade e tem um chifre do comprimento de três braços no meio da testa. O outro lembra um potro de um ano e tem um chifre de
aproximadamente trinta centímetros. Sua cor é como a do cavalo baio, e sua
cabeça se assemelha à do cervo macho. Seu pescoço não é muito comprido, com
pêlos grossos e curtos que caem para os lados. As patas são esguias e
recurvadas como as das cabras. Os cascos são em forma de trevo na parte frontal
e compridos como os das cabras, com um pouco de pêlo na parte traseira. Em
verdade, esse monstro deve ser muito selvagem e solitário. Esses dois
unicórnios foram oferecidos ao sultão de Meca como se fossem o mais precioso
presente que se poderia oferecer nos dias atuais, e como o maior tesouro já
dado por um rei da Etiópia, ou seja, por um monarca mouro. Ele enviou tal
presente com o objetivo de consolidar a aliança com o dito sultão de Meca.
Plínio relata que o unicórnio “não pode ser capturado vivo”.
William Shakespeare refere-se
a essa mesma natureza fugidia do animal: “A
maior glória, eterna seja, é serenar reis beligerantes, desmascarar a falsidade
e trazer a verdade à luz... e domesticar o unicórnio e o leão”.
Outros escritores sugerem que o truque é usar como isca para o
unicórnio uma jovem virgem — e, embora esse método nunca tenha funcionado, ele
combina bem com a característica atribuída ao unicórnio de representar a pureza
e a castidade. Muitas tapeçarias medievais retratam cenas com unicórnios para
aludir ao poder sagrado da devoção.
O Velho Testamento
refere-se ao unicórnio várias vezes: “Deus
os tirou do Egito e lhes deu o poder do unicórnio” (Números, 23:22), “Seus chifres eram como os do unicórnio: com
eles, deveria conduzir o povo unido até os confins da Terra” (Deuteronômio,
33:17), “Meu chifre devem eles exaltar,
como ao chifre do unicórnio” (Salmos, 92:10), “Estará o unicórnio disposto a servi-los ou aguardará no estábulo?”
(Jó, 39:9). Essas referências,
para alguns estudiosos, indicam que o unicórnio é na verdade um símbolo de
Cristo.
Os poderes mágicos de cura
O poder do unicórnio de salvar o corpo e a alma de uma pessoa incorporou-se às
lendas. Ctesias, um médico grego a serviço do mandatário da Pérsia, por volta
de 400 a .C.,
escreveu um dos primeiros registros sobre o unicórnio:
Existem na índia certos asnos
selvagens tão grandes quanto cavalos, ou mesmo maiores. Seus corpos são
brancos, suas cabeças vermelho-escuro e seus olhos de um azul profundo. Eles têm um chifre na testa que tem aproximadamente meio metro de
comprimento. O pó extraído desse chifre é administrado numa poção como proteção
contra drogas mortais. A base do chifre, até dois palmos mais ou menos de sua
raiz, é do branco mais puro. A extremidade superior é pontuda e do rubro mais
vivido, e o restante, ou o meio, é preto. Segundo dizem, aqueles que bebem
nesses chifres transformados em taças se livram de convulsões e da Doença
Sagrada (epilepsia). De fato, tornam-se imunes a venenos, antes ou depois de
ingeri-los, se beberem vinho, água ou qualquer outra coisa usando esses
chifres.
Essas qualidades medicinais, tão importantes para uma pessoa em estado crítico
como Voldemort — que, em A
Pedra , mata um unicórnio para beber seu sangue
e assim manter-se vivo — fizeram do unicórnio, há muito, alvo de caçadores. Mas,
como diz Firenze, o centauro, “abater um
unicórnio é crime monstruoso”.
GUIA DAS ABREVIAÇÕES DOS TÍTULOS DOS LIVROS
Harry Potter e a Pedra Filosofal. A Pedra
Harry Potter e a Câmara Secreta: A Câmara
Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban: Azkaban
Harry Potter e o Cálice de Fogo: O Cálice
Animais Fantásticos e Onde Habitam: Animais Fantásticos
Quadribol Através dos Séculos: Quadribol
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