sábado, 18 de agosto de 2012

O Mundo Mágico de Harry Potter - David Colbert - PARTE 48





UNICÓRNIOS

Como pegar um unicórnio?
Poucas criaturas mágicas estimularam tanto a imaginação dos seres humanos, e de forma tão profunda, quanto o elegante unicórnio. Mesmo no mundo mágico de Harry, com tantos seres fantásticos, o unicórnio é um símbolo sagrado. Em O Cálice, J. K. Rowling descreve filhotes de unicórnio que são de “puro ouro” com “sangue prateado”. O pelo deles também se torna prata quando têm por volta de dois anos, e eles “ficam imaculadamente brancos” na idade madura.



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Antigos unicórnios
Os unicórnios aparecem na arte e na mitologia da antiga Mesopotâmia, China e Índia. O naturalista romano Plínio, baseado em relatos orais, chamou-os de “uma besta extremamente feroz, similar no corpo a um cavalo, com cabeça de cervo, cascos de elefante, cauda de javali, voz profunda e um chifre negro, de dois cúbitos (cerca de um metro) de comprimento, que se projeta do centro da testa”.
Um viajante do início do século XVI conta ter visto dois unicórnios em Meca:


O mais velho parece um potro de trinta meses de idade e tem um chifre do comprimento de três braços no meio da testa. O outro lembra um potro de um ano e tem um chifre de aproximadamente trinta centímetros. Sua cor é como a do cavalo baio, e sua cabeça se assemelha à do cervo macho. Seu pescoço não é muito comprido, com pêlos grossos e curtos que caem para os lados. As patas são esguias e recurvadas como as das cabras. Os cascos são em forma de trevo na parte frontal e compridos como os das cabras, com um pouco de pêlo na parte traseira. Em verdade, esse monstro deve ser muito selvagem e solitário. Esses dois unicórnios foram oferecidos ao sultão de Meca como se fossem o mais precioso presente que se poderia oferecer nos dias atuais, e como o maior tesouro já dado por um rei da Etiópia, ou seja, por um monarca mouro. Ele enviou tal presente com o objetivo de consolidar a aliança com o dito sultão de Meca.

Plínio relata que o unicórnio “não pode ser capturado vivo”.
William Shakespeare refere-se a essa mesma natureza fugidia do animal: “A maior glória, eterna seja, é serenar reis beligerantes, desmascarar a falsidade e trazer a verdade à luz... e domesticar o unicórnio e o leão”.
Outros escritores sugerem que o truque é usar como isca para o unicórnio uma jovem virgem — e, embora esse método nunca tenha funcionado, ele combina bem com a característica atribuída ao unicórnio de representar a pureza e a castidade. Muitas tapeçarias medievais retratam cenas com unicórnios para aludir ao poder sagrado da devoção.
O Velho Testamento refere-se ao unicórnio várias vezes: “Deus os tirou do Egito e lhes deu o poder do unicórnio” (Números, 23:22), “Seus chifres eram como os do unicórnio: com eles, deveria conduzir o povo unido até os confins da Terra” (Deuteronômio, 33:17), “Meu chifre devem eles exaltar, como ao chifre do unicórnio” (Salmos, 92:10), “Estará o unicórnio disposto a servi-los ou aguardará no estábulo?” (Jó, 39:9). Essas referências, para alguns estudiosos, indicam que o unicórnio é na verdade um símbolo de Cristo.

Os poderes mágicos de cura
O poder do unicórnio de salvar o corpo e a alma de uma pessoa incorporou-se às lendas. Ctesias, um médico grego a serviço do mandatário da Pérsia, por volta de 400 a.C., escreveu um dos primeiros registros sobre o unicórnio:

Existem na índia certos asnos selvagens tão grandes quanto cavalos, ou mesmo maiores. Seus corpos são brancos, suas cabeças vermelho-escuro e seus olhos de um azul profundo. Eles têm um chifre na testa que tem aproximadamente meio metro de comprimento. O pó extraído desse chifre é administrado numa poção como proteção contra drogas mortais. A base do chifre, até dois palmos mais ou menos de sua raiz, é do branco mais puro. A extremidade superior é pontuda e do rubro mais vivido, e o restante, ou o meio, é preto. Segundo dizem, aqueles que bebem nesses chifres transformados em taças se livram de convulsões e da Doença Sagrada (epilepsia). De fato, tornam-se imunes a venenos, antes ou depois de ingeri-los, se beberem vinho, água ou qualquer outra coisa usando esses chifres.

Essas qualidades medicinais, tão importantes para uma pessoa em estado crítico como Voldemort — que, em A Pedra, mata um unicórnio para beber seu sangue e assim manter-se vivo — fizeram do unicórnio, há muito, alvo de caçadores. Mas, como diz Firenze, o centauro, “abater um unicórnio é crime monstruoso”.







GUIA DAS ABREVIAÇÕES DOS TÍTULOS DOS LIVROS

Harry Potter e a Pedra Filosofal. A Pedra
Harry Potter e a Câmara Secreta: A Câmara
Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban: Azkaban
Harry Potter e o Cálice de Fogo: O Cálice
Animais Fantásticos e Onde Habitam: Animais Fantásticos
Quadribol Através dos Séculos: Quadribol

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