terça-feira, 8 de janeiro de 2013

O MANUAL DO BRUXO - ALLAN ZOLA KRONZEK - 54









        Sob muitos aspectos, Alvo Dumbledore é o exemplo perfeito de um mago. Os magos sempre foram conhecidos por sua sabedoria, e o diretor de Hogwarts é um perito em (...).



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Sob muitos aspectos, Alvo Dumbledore é o exemplo perfeito de um mago. Os magos sempre foram conhecidos por sua sabedoria, e o diretor de Hogwarts é um perito em dar conselhos sábios e em lidar com situações difíceis. Seus poderes mágicos são inigualáveis, e seu manto roxo ondulante, sua barba prateada e seu chapéu pontudo completam a imagem de mago que todos nós conhecemos.
Essa imagem do mago é um produto tanto da ficção quanto da história. Desde Merlim até o próprio Dumbledore, a literatura conta com magos que podem se transformar em gatos ou corujas, fazer grandes banquetes surgirem com um toque de suas varinhas, desapare­cer ou lançar feitiços que transformam castelos em repolhos. Entre seus ancestrais históricos estão milhares de homens e mulheres de verdade que viveram na Europa medieval e renascentista. Acreditava-se que eles possuíam grande sabedoria e habilidades mágicas. As mulheres eram conhecidas como curandeiras, sábias, ou bruxas boas, enquanto os homens eram chamados de curandeiros, sábios ou magos.
A maior parte das aldeias da Europa medieval tinha pelo menos um mago profissional que oferecia a seus clientes uma variedade de serviços, entre eles encontrar objetos perdidos, tesouros escondidos ou pessoas desaparecidas, detectar criminosos, curar doenças, ler a sorte, lançar e quebrar feitiços, fazer amuletos e encantamentos que protegeriam os donos de perigos naturais e sobrenaturais, bem como preparar poções. A crença na magia era bastante difundida e o mago era, em geral, respeitado e temido pela comunidade que servia. Até o século XVII, se um mago denunciasse um ladrão (cuja identidade era geralmente obtida perguntando à vítima sobre possíveis suspeitos e,  então,  praticando algum tipo de adivinhação), a acusação era levada a sério e algumas vezes servia como base para prisões.
O aldeão podia buscar a assistência do mago para quase tudo - ga­nhar nas cartas ou nos dados, livrar a casa de roedores, fazer as crianças dormirem a noite toda, ou evitar a prisão por causa de dívidas. Sendo o sábio e curandeiro local, o mago também dava conselhos sobre proble­mas sentimentais ou ajudava a decidir que rumo seguir nos negócios ou na guerra. Atendendo a um pedido, ele - ou seu correspondente femini­no - podia ver o futuro em uma bola de cristal, fazer um amuleto de pro­teção, preparar uma poção ou instruir o cliente a colher determinada erva enquanto proferia um encantamento. Em troca, recebia uma peque­na gratificação ou donativo.
A maior parte dos clientes era pobre e, conseqüentemente, a maior parte dos magos e bruxas também. Mas os mem­bros das classes mais altas não hesitavam em consultá-los sempre que a ocasião permitia, e um mago que tivesse renome entre os aris­tocratas podia ganhar muito dinheiro. Muitas mulheres ricas  pediam poções   de   amor   para atrair o marido que que­riam ou para reconquis­tar o amor de um esposo inconstante. Os homens envolvidos na política bus­cavam, de vez em quando, a ajuda  dos  magos,  fosse  para ganhar os favores de um rei, levar adiante uma rebelião ou assegurar  o  sucesso  em   uma missão diplomática delicada.
Como os serviços que eles prestavam eram muito requisitados, os magos da aldeia estavam relativamente a salvo de quaisquer perseguições oficiais contra todas as práticas de magia que ocorriam de tempos em tempos. Na Inglaterra, quando os três Autos de Bruxaria foram passados, entre 1542 e 1604, atividades como ler a sorte, fazer encantamentos de cura ou poções de amor, bem como profetizar sobre tesouros ou bens roubados, passaram a ser crimes. Entretanto, o número de pessoas perseguidas por tais crimes era bem pequeno se comparado ao número daqueles que iam a julgamento por se envolverem em formas nocivas de magia, tais como fazer pactos com o Diabo ou invocar espíri­tos malignos. A maior parte das vezes, os magos da aldeia eram protegi­dos por seus clientes. Contudo, eram vulneráveis aos caprichos de fregueses insatisfeitos, que podiam denunciá-los às autoridades ou acusá-los de bruxaria.


Durante o século XVI, a palavra "mago" começou a adquirir um novo significado. O termo não era aplicado apenas aos sábios e curandeiros da aldeia, mas também aos mágicos que praticavam alquimia e invocavam demônios, aos astrólogos da corte e aos encantadores que faziam truques de mágica para divertir as pessoas. Por fim, acabou designando os praticantes de qualquer tipo de magia e se tornou o termo favorito dos contadores de histórias, que dotavam seus personagens com poderes mais espetaculares do que qualquer mago de verdade poderia imaginar.


Pedra Filosofal, 4






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