quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

O MANUAL DO BRUXO - ALLAN ZOLA KRONZEK - 60







Também conhecida como Morgan le Fay, irmã ou meia-irmã do rei Artur, Morgana é um per­sonagem fictício bastante versátil que aparece na literatura e nas lendas da Grã-Bretanha, Itália e França. 



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A capacidade de conjurar e enfeitiçar, voar, se transformar em um animal e curar com ervas mágicas deram à feiticeira Morgana um lugar entre as figurinhas dos Sapos de Chocolate. Também conhecida como Morgan le Fay, irmã ou meia-irmã do rei Artur, Morgana é um per­sonagem fictício bastante versátil que aparece na literatura e nas lendas da Grã-Bretanha, Itália e França. Às vezes ela é uma deusa, às vezes uma bruxa ou uma feiticeira, ou ainda uma lançadora de encantos ou uma fada. Qualquer que seja a forma que ela tome, sua personalidade forte e suas habilidades sobrenaturais fazem dela uma personagem ilustre.
A primeira aparição de Morgana nas lendas do rei Artur foi nos textos escritos no século XIII por Geoffrey de Monmouth, que se refere a ela como Morgana le Fay (a fada) e a descreve como uma mulher linda e culta com poderes de cura e a capacidade de voar e de mudar de forma. Ela vive com suas oito irmãs na ilha de Avalon. Quando o rei Artur se feriu em sua última batalha, Morgana o levou para Avalon, colocou-o em uma cama de ouro e fez com que se curasse.
Em muitos relatos posteriores é dito que Morgana aprendeu suas curas e outros feitiços com Merlim.
No final da Idade Média, quando a bruxaria passou a ser vista como um problema sério na Europa, uma mulher poderosa que podia fazer mágica causava desconfiança, mesmo que fosse um mero personagem fictício. Por isso, novas versões da lenda arturiana começaram a retratar Morgana le Fay de forma negativa. Em Le Morte d'Arthur (A morte de Artur), de Thomas Malory, Morgana aparece como um personagem completamente mau que tenta usar sua mágica para destruir o irmão, a rainha e sua corte. Sabendo que Artur ficava vulnerável sem sua espada mágica, Excalibur, ela a rouba e entrega a seu inimigo, na esperança de que fosse usada para matar o rei. Em outra ocasião, Morgana dá a seu desprevenido irmão um manto encantado, um suposto presente de re­conciliação. Ele é salvo segundos antes de colocar o manto e ser reduzi­do a carvão em brasa. Perseguida pelos homens de Artur, Morgana foge, se transformando em pedra.


Além da lenda arturiana, Morgana também aparece no folclore irlandês como uma fada perversa que gosta de assustar as pessoas, e na Escócia, como a soberana de um castelo habitado por um grupo de fadas malvadas. No poema épico italiano Orlando Furioso, Morgana é uma feiti­ceira que vive no fundo de um lago distribuindo tesouros para quem a agrada. Ela também é associada às Morganes ou Morgens - sereias que vivem ao largo do litoral francês. Talvez uma prova da dualidade do per­sonagem de Morgana seja o fato de que, em algumas histórias, essas sereias trazem a morte para os marinheiros que as encontram enquanto em outras os levam para um magnífico paraíso subaquático.


Pedra Filosofal, 6



A FATA MORGANA

Morgana dá seu nome a uma das miragens mais famosas do mundo, a Fata Morgana, na Itália. Situada sobre o estreito de Messina, que separa o território peninsular da Itália da ilha de Sicília, essa ilusão de ótica à primeira vista parece um conjunto de castelos com torres que emerge do mar saindo de um nevoeiro. Se você olhar por bastante tempo, verá uma torre se transformar na imagem de uma pessoa — que dizem ser a própria Morgana - flutuando sobre as ondas. Dizem que essa visão surpreendente é causada pela combinação das camadas do ar úmido do mar, que distorce e amplia a ima­gem dos penhascos e das casas nas margens do estreito.







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