terça-feira, 29 de janeiro de 2013

O MANUAL DO BRUXO - ALLAN ZOLA KRONZEK - 69







Se você estiver interessado em aprender o abecedário da magia, é melhor se inscrever na aula de runas antigas em Hogwarts. Conjunto de letras e símbolos derivados do mais antigo alfabeto alemão conhecido, as runas sempre foram associadas à magia e ao mistério. De fato, a palavra runa, ou roun significa “mistério” ou “segredo” em dinamarquês.



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Se você estiver interessado em aprender o abecedário da magia, é melhor se inscrever na aula de runas antigas em Hogwarts. Conjunto de letras e símbolos derivados do mais antigo alfabeto alemão conhecido, as runas sempre foram associadas à magia e ao mistério. De fato, a palavra runa, ou roun significa “mistério” ou “segredo” em dinamarquês.
Segundo a antiga lenda germânica, as primeiras runas foram des­cobertas pelo deus escandinavo Odin, que se submeteu bravamente a um doloroso ritual de autoflagelação em sua busca pelo conhecimento. Depois de furar seu abdome com uma lança, Odin ficou pendurado por nove dias nos galhos da árvore da vida escandinava. A medida que seu corpo se mexia com o vento, alguns galhos se quebravam e caíam no chão, formando o desenho do alfabeto rúnico.
E claro que as evidências históricas descrevem uma situação ligeira­mente diferente. As provavelmente runas foram inventadas por mortais na Dinamarca ou na Suécia por volta do ano 200 d.C. As primeiras runas germânicas (conhecidas como runas futhark) eram extremamente primiti­vas, freqüentemente formadas apenas por um conjunto de linhas retas dis­postas em combinações diversas. Elas eram usadas para uma grande varie­dade de finalidades não-mágicas, tais como escrever cartas, dar instruções e identificar propriedades. Uma das inscrições rúnicas mais conhecidas, na pedra Sigurd na Suécia, celebra a construção de uma ponte.
Entretanto, desde o princípio as runas foram dotadas de um signifi­cado mágico. Eram usadas pelos vikings e outros povos germânicos co­mo ferramentas de adivinhação. Também eram gravadas em suas espadas para tornar seus guerreiros invencíveis nas batalhas. Serviam para criar amuletos de pedra que afastavam doenças e feitiços. Eram cinzeladas em lápides para intimidar os ladrões de sepultura. Por volta de 450 d.C., as runas também se tornaram populares na Inglaterra, onde os mágicos anglo-saxões usavam-nas para fabricar amuletos e para prever o futuro.


Uma seleção de runas nórdicas com suas interpretações tradicionais.

Até hoje foram encontradas mais de quatro mil inscrições rúnicas na Suécia, Noruega, Dinamarca e Inglaterra, a maioria datando do apogeu da era viking, por volta de 800 d.C. As runas não foram apenas encon­tradas em armas, amuletos e lápides: também estavam presentes em moedas, jóias e em misteriosas placas de madeira. Há até algumas runas inscritas na borda da penseira mágica do professor Dumbledore.
Infelizmente, durante o último milênio, a popularidade do alfabeto latino levou a um declínio drástico do número de pessoas capazes de ler runas. Hoje, apesar dos nobres esforços de algumas instituições como Hogwarts, apenas alguns magos e trouxas ainda são capazes de inter­pretar essas letras misteriosas que custaram tanto ao pobre Odin.


Cálice de Fogo, 30



JOGAR RUNAS

A prática antiga de usar runas para ver o futuro, conhecida como jogar runas, sofreu um extraordinário retorno à po­pularidade no século passado. Quando os vikings e os anglo-saxões usavam as runas para a adivinhação, eles começavam gravando símbolos rúnicos em finas tiras de madeira cortadas de árvores frutíferas. Essas tiras eram lançadas ao acaso sobre um pano branco limpo e, então, um vidente, ou mestre das runas, escolhia três delas (enquanto olhava para o céu em busca de inspiração divina) e as interpretava. Hoje, um as­pirante a adivinho pode comprar um conjunto contendo de dezesseis a trinta e três “pedras rúnicas” — redondas ou retan­gulares, feitas de pedra ou barro e inscritas com letras rúnicas. Usando um sistema moderno mais simples para jogar runas, as pedras são misturadas em uma sacola e depois espalhadas sobre uma superfície plana. Alguns jogadores de runas “lêem” todas as pedras que caem com a inscrição para cima. Outros fecham os olhos e escolhem apenas três, que representam o passado, o presente e o futuro. Enquanto muitos jogadores de runas baseiam suas leituras apenas no que os estudiosos desco­briram sobre os antigos significados dos símbolos, muitos inventaram seus próprios sistemas de interpretação.







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